Os títulos da campanha foram doados pela sociedade e reforçam a valorização do livro e da leitura
Mais de oito mil livros arrecadados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com apoio de parceiros e da sociedade foram doados a bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul. Os títulos vão ajudar a reconstruir o acervo perdido nas fortes chuvas registradas nos meses de abril e maio deste ano, que deixaram um rastro de destruição em vários municípios.
Um caminhão carregado com os livros, acondicionados em 129 caixas, partiu do Recife na terça-feira (24/09) para fazer a entrega a coordenadores da campanha ‘A Ponte’, criada no Rio Grande do Sul logo após a pior cheia na história do Estado.
“A Cepe vai contribuir com 8.170 livros novos e usados em bom estado de conservação, a maioria do gênero infantojuvenil, que é o foco da campanha. Recebemos muito material, fizemos uma triagem para avaliar as condições físicas e o conteúdo de cada livro e selecionamos somente os aptos, incluindo também alguns didáticos sem uso e títulos de literatura para o público jovem”, informa afirma a chefe de Arquivo da empresa pública, Tatiana Gusmão.
Nos meses de junho e julho, por meio do Núcleo Pedagógico da Cepe, a sociedade em geral e instituições parceiras foram convidadas a participar dessa corrente em prol das bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul, em dois momentos distintos: primeiro, com pontos de arrecadação nas lojas da Editora e nos Colégios Apoio, Cognitivo e Fazer Crescer; em seguida, com outro posto de coleta, montado no Plaza Shopping, situado no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Há também, doação feita pelo Conservatório Pernambucano de Música. A Editora doou para a campanha 200 títulos do seu acervo.
“Como editora, a Cepe não poderia deixar de participar de uma campanha como essa, nós temos um grande trabalho de valorização do livro e da leitura e entendemos a importância de reorganizar as bibliotecas escolares para que elas voltassem a funcionar a pleno vapor. Estamos muito felizes com o resultado, com a quantidade de livros que arrecadamos, temos certeza de que a doação vai ser de grande utilidade, os títulos vão ajudar a recompor as bibliotecas, vão ajudar a população a viver esse momento difícil pós-catástrofe e incentivar a leitura”, afirma a jornalista e coordenadora do Núcleo Pedagógico, Mariana Oliveira.
A jornalista observa que, no primeiro momento da catástrofe provocada pela enchente, havia necessidades básicas a serem supridas no Rio Grande do Sul, como arrecadação de alimentos, água, roupas, calçados, lençóis, produtos de higiene pessoal e materiais de limpeza. Em seguida, chegou a vez dos livros, que é um outro tipo de valor, intangível e subjetivo, mas também muito importante.