Neste ano, os jogos acontecem a partride 28 de agosto, em algumas paisagens de Paris, como no Castelo de Versalhes
O médico alemão Ludwig Guttmann, pioneiro da inclusão e da reabilitação física por meio do esporte, foi fundamental para a socialização das pessoas com deficiência e para a criação das paraolimpíadas. Especialista em reabilitação de pessoas com lesões na medula espinhal, foi o diretor-geral do primeiro Centro de Reabilitação para pacientes com esse tipo de lesão, na Inglaterra.
A sua principal luta era a reintegração dos pacientes na sociedade, como membros respeitáveis e úteis, tendo em vista que a sociedade desvalorizava essas pessoas. Com isso, o principal método utilizado por ele, já naquela época, na década de 1940, era introduzir as atividades físicas no tratamento dos paraplégicos para o fortalecimento muscular e a prática esportiva.
O médico foi fundamental no incentivo da criação dos Jogos Paralímpicos, em 1960, em Roma, na Itália, com 400 paratletas de 23 países. Diante do trabalho do alemão, após o encerramento dos Jogos, ao discursar no Vaticano para paratletas, o papa João 23, afirmou: “Doutor Guttmann, você é o Pierre de Coubertin dos paralisados”, referindo-se ao francês que ficou para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896.
Edição 2024, em Paris
Neste ano, a competição acontece de 28 de agosto a 8 de setembro, em Paris, com a participação de 4,4 mil atletas de 184 nações. Durante a cerimônia de abertura, os competidores desfilarão por alguns dos pontos turísticos da capital francesa. Eles começarão seu desfile na parte inferior da Champs-Elysées, passarão pelo Arco do Triunfo, chegando até a Place de la Concorde.
Ao longo dos Jogos, cenários mundialmente conhecidos da Cidade-Luz farão parte da paisagem das competições. As partidas de futebol de cegos, por exemplo, serão realizadas ao pé da Torre Eiffel. Os eventos equestres ocorrerão nos jardins do Chateau de Versailles. Já as disputas de esgrima em cadeira de rodas e taekwondo acontecerão no Grand Palais.
Pernambucana
Na última edição do evento, Tóquio 2020, Carol Santiago foi a atleta do Brasil que mais vezes subiu ao pódio – cinco vezes (três ouros, uma prata e um bronze). Desde então, a pernambucana participou de mais três missões internacionais: dois Mundiais (Ilha da Madeira 2022 e Manchester 2023) e o Parapan de Santiago 2023.
Nessas competições, ela conquistou 20 medalhas, sendo que, na Inglaterra, foi a atleta que mais subiu ao pódio entre todos os 538 competidores. Foram oito no total – cinco ouros, uma prata e dois bronzes. Além disso, neste ano, a nadadora bateu o recorde mundial nos 50m livre da sua classe, no World Series de Berlim.