Peças de teatro expõem uma ideia renovada sobre a terceira idade e nos inspiram a viver a velhice de uma nova forma, já outras, infelizmente, não
Somos fãs de carteirinha da arte, em especial do teatro. E quando uma peça com atrizes excepcionais vem ao Recife, daí é que é um programa imperdível. Geralmente, saímos de casa para prestigiar esse programa cultural para apreciar a atuação do artista e o conteúdo da peça.
Ontem, fomos para a estreia, no Recife, da comédia Radojka, montada em mais de 12 países e, por aqui, estrelada por Marisa Orth e Tania Bondezan. A encenação da dupla é maravilhosa, reforçando o que imaginávamos do trabalho das atrizes também num palco. Porém, o tema e a sinopse deixam a contento. Talvez, particularmente, por mexer em assuntos sensíveis de forma inescrupulosas que já não estamos acostumados em assistir.
Para alguns, essa opinião pode soar como ‘falta de liberdade no humor’, mas infelizmente são os tempos atuais e, de qualquer forma, é uma crítica de um veículo, com certeza, existe gosto para todos, afinal a plateia riu bastante e a peça terá duas sessões extras. De fato, para nós, super valeu a pena sair de casa para aplaudir de pé Marisa e Tania, para assisti-las em atuações impecáveis, já a forma como o assunto é tratado em Radojka, não agrada, nem de longe.
Cabeças brancas
Aliás, com o aumento do envelhecimento da população do Brasil, a velhice tem sido tema da ordem do dia, inclusive no teatro. A Lista (com Lilia Cabral), Três Mulheres Altas (Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill) e Alma Despejada (com Irene Ravache) são alguns de grandes espetáculos. Todos eles expõem uma ideia renovada sobre a terceira idade e nos inspiram a viver a velhice de uma nova forma.