Repertório da dupla é marcado pela diversidade de temas, pela pluralidade rítmica e pelo diálogo entre as canções
Depois de celebrar os 20 anos do Baile do Baleiro, em agosto, e de participar do ‘Dia de Brasil’, em Barcelona, no último domingo, Zeca Baleiro, se prepara para trazer ao Recife o show, “Coração Sangrento”, juntamente com o músico Wado (https://onerpm.link/oclubedosjovensdeontem). O álbum de inéditas da dupla será lançado em outubro e chega por aqui no dia 13 de Dezembro, no Teatro do Parque. Antes disso, Zeca lança outro show, desta vez com Chico César, no dia 13 de dezembro, no Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
Produzido pelos artistas com Sérgio Fouad, o disco reúne uma nova safra de canções, todas compostas por Wado e Baleiro a partir do período da pandemia, quando a parada dos shows deu espaço para novas criações. Para quem não conhece, Wado é da terra de Djavan e tem referências em outros nordestinos como Fred Zero Quatro, Lenine, Chico César, Pedro Luís e o próprio Zeca Baleiro.
No palco, os artistas se dividem entre seus violões, guitarras e pequenas percussões. Entre uma e outra surpresas, o roteiro inclui as canções do novo álbum, sucessos de ambos e parcerias lançadas ao longo dos anos, como “Zás” e “Si próprio”.
Os dois se conheceram no início dos anos 2000, quando Wado surgiu na cena musical com seu emblemático “Manifesto da Arte Periférica”.
“Seu universo estético particular, com melodias líricas e às vezes tomadas de certa estranheza, sua poesia crua e visceral, e seu despudor de passear por muitos mundos musicais, do axé ao samba, do rock à bossa, me chamaram a atenção”, relembra Baleiro sobre os primeiros encontros com Wado.
A primeira parceria é de 2002, a primeira gravação foi “Era”, lançada por Baleiro em “O coração do Homem-Bomba Vol.2” (2007), e de lá pra cá fizeram outras tantas canções, apresentações conjuntas e feats.
“Eu li numa revista IstoÉ de 2002, estupefato, que Zeca gostava do meu trabalho. A partir disso eu o procurei num show em Maceió e vide nossa verve e paixão por copos e bons assuntos, nos tornamos imediatamente amigos”, completa Wado.
“Coração Sangrento” é fruto da admiração mútua e do desafio para compor um álbum inteiro juntos, essencial, com poucos elementos, lírico, poético e especial.