A importância de abordagens terapêuticas integradas para as crianças com a Síndrome Congénita do Vírus Zika

Estudo analisa como a deficiência visual influencia o desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças

Uma pesquisa inovadora realizada pela Profª. Drª. Raíne Borba, no Doutorado Interinstitucional (DINTER) em Oftalmologia e Ciências Visuais, fruto da parceria entre a Fundação Altino Ventura (FAV) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), vem destacando a resposta científica do Brasil aos impactos do Zika Vírus. O estudo analisa como a deficiência visual influencia o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças afetadas pela Síndrome Congénita do Vírus Zika (SCVZ), contribuindo para avanços na reabilitação e qualidade de vida dos pacientes.

A tese intitulada “Influência da Deficiência Visual no Desenvolvimento Neuropsicomotor de Crianças com a Síndrome Congénita do Vírus Zika” foi amplamente elogiada por especialistas da área. O estudo gerou três artigos científicos com achados inovadores sobre aspectos visuais, motores e ambientais, enfatizando a importância de abordagens terapêuticas integradas para otimizar o desenvolvimento dessas crianças.

O estudo também contribuiu para fortalecer a colaboração entre a UNIFESP e a FAV. Segundo a Profª. Drª. Camila Ventura, coordenadora do Departamento de Investigação Científica da FAV, “acompanhar a trajetória da Raíne e evidenciar seu crescimento profissional e como ser humano é motivo de muito orgulho. Sua formação como pesquisadora fortaleceu ainda mais suas competências no campo do ensino e da pesquisa científica, com aprovação de sua tese com excelência”.

“Realizar esse estudo foi uma satisfação imensa, ainda mais por ter sido desenvolvido na UNIFESP em parceria com a FAV, duas instituições de grande prestígio acadêmico. Estudar como a deficiência visual e motora impactam a qualidade de vida das crianças com SCVZ e suas famílias foi uma jornada de aprendizado profundo sobre a importância da equipe multidisciplinar no cuidado aos pacientes”, comenta a Profª. Drª. Raíne Borba.

Os achados reforçam a necessidade do acompanhamento precoce e multidisciplinar de crianças com SCVZ, envolvendo profissionais de oftalmologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras especialidades. A pesquisa também destaca o papel essencial do ambiente familiar e social no desenvolvimento infantil, apontando caminhos para intervenções terapêuticas mais eficazes.