Empresária pernambucana inaugura, no Recife, nova galeria de arte, Base

Criada em 2016, em São Paulo, a galeria representa uma dezena de artistas e trabalha também com mercado secundário

A capital pernambucana ganha mais um espaço dedicado às artes com a chegada da filial da Base à cidade.  Criada em 2016, em São Paulo, a galeria representa uma dezena de artistas e trabalha também com mercado secundário. A inauguração da Base Recife acontece nesta quinta (20), a partir das 17h, com a abertura da exposição coletiva Eixo, que apresenta trabalhos dos artistas: Bruno Rios, Guilherme Almeida, Lucas Länder, Matheus Ribs, Luiz Martins e Rafael Vicente. 

A iniciativa de trazer a galeria para o Recife é de Gabriela Maranhão, empresária do setor gastronômico, que vem, nos últimos anos, se aproximando do universo artístico.  

“Minha trajetória profissional foi construída numa área diversa. Agora, com o passar do tempo e o despertar de novos interesses, a arte foi ganhando mais espaço. Assim nasceu a ideia de trazer para o Recife o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Galeria Base em São Paulo. Nossa proposta é amplificar, contribuir com essa cena tão pulsante do Recife, entendendo que ao propor novas interações, novos contatos, estamos abrindo caminhos. Acredito muito na ampliação do público, no incentivo a novos colecionadores. Enfim, acho que a Base chega para somar”, diz, salientando que essa filosofia norteia a concepção dessa estreia. ”, destaca. 

Segundo ela, o que mais chamou sua atenção foi a atuação da galeria junto a novos artistas que despontam no mercado nacional. O desafio ganhou o apoio de Daniel Maranhão, fundador da Base, também pernambucano, que sempre defendeu a necessidade de abrir novos caminhos e trazer novos artistas para a cena recifense.

“Eu acho uma ação inovadora e necessária, pois uma cidade tão rica culturalmente, não pode se manter refratária ao que acontece fora de seu território. A Base Recife tem como missão ampliar o olhar do público sobre o que é arte, criar novos nichos, formar novos colecionadores”, diz. 

Eixo, que marca a abertura da galeria, traz obras dos seis artistas do casting — nenhum deles expôs no Recife antes.

“Achamos importante começar trazendo nomes que não são conhecidos por aqui, mas que estão em ascensão e já se destacam na cena nacional e internacional. Por exemplo, Guilherme Almeida, artista da periferia de Salvador, tem obras no acervo do Museu Reina Sofia, um dos mais importantes da capital espanhola. Em Pernambuco, ele ainda não é devidamente conhecido”, pontua Gabriela, destacando que duas obras que estão no Recife fazem parte da mesma série da que está hoje na Espanha.