
Por Paula Sales
CEO da Pazziti Treinamento
A Pazziti Treinamento, como signatária do Pacto Global da ONU, teve o privilégio de participar do ‘III Fórum Permanente de Afrodescendentes na ONU’, representada por nossa Diretora de Diversidade e Inclusão, Bia Vianna, junto à delegação brasileira de 30 pessoas, em Genebra.
Essa experiência proporcionou uma oportunidade única para nossa empresa refletir sobre o futuro da população afrodescendente mundial, especialmente com a participação especial de brasileiros notáveis como a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, Sueli Carneiro, Ivanildo do Santos e Teresa Cristina.
O Fórum, criado pela Assembleia Geral da ONU, tem como objetivo promover a inclusão política, econômica e social dos afrodescendentes em todo o mundo. Ao encerrar a primeira década internacional de afrodescendentes, proclamada em 2015, a comunidade internacional reconheceu a necessidade de promover e proteger os direitos humanos desse grupo distinto.
Após uma década, avaliamos os avanços alcançados, mas reconhecemos que poucas conquistas foram efetivamente realizadas, resultando no início da segunda década com o mesmo objetivo. Destacamos a importância de integrar a discussão sobre raça, cor e etnia em todas as esferas da ONU, assim como propomos em projetos e programas no Brasil.
Para isso, é essencial dar visibilidade às questões relacionadas às pessoas negras nas empresas, garantindo seu acesso, desenvolvimento e permanência, além de reforçar a importância da agenda das empresas e dos tomadores de decisão incorporarem efetivamente esse tema.
Nossa participação no Fórum afrodescendente contribuirá diretamente na construção de projetos para nossos clientes com um olhar mais sensível à temática, proporcionando mais inclusão.
Ressaltamos a importância da educação como ferramenta fundamental para combater o racismo sistêmico, o racismo ambiental, bem como para contribuir na questão da inteligência artificial na vida da população negra. Consideramos ainda o papel vital da arte na construção do futuro mais justo e igualitário para a comunidade afrodescente. A equidade racial, para nossa empresa, exige intencionalidade e investimento.
Ao encerrar, refletimos sobre a necessidade das recomendações do Fórum se tornarem políticas públicas efetivas, para que mais avanços concretos e estruturais sejam percebidos. Estamos disponíveis para compor espaços e contribuir com essas construções.
Encontros como esse aumentam a expectativa de ação ao aproximar as diferentes nações, autoridades, acadêmicos, representantes de empresas privadas e sociedade civil. Enfatizamos que muitos dos assuntos pautados para as recomendações do Fórum à Assembleia Geral da ONU podem ser tratados lá, mas também iniciados aqui, ao alcance da caneta de cada indivíduo.
Por isso, estamos com agenda aberta para realizar esse diálogo nas três esferas: governo, empresa e organizações da sociedade civil.